Há um costume dos bantos muito comum, ao qual sempre foi praticado em diversas manifestações litúrgicas de seus segmentos espirituais; os bantos tinham o costume de formar um círculo e dar as mãos, em alguns rituais esse círculo era formado ao redor de uma árvore com oferendas aos pés da árvore, oferendas essas que eram ofertadas para as divindades com propósito de saúde em todos os aspectos, nunca para fazer mal a alguém.
O ato de "unir as mãos" se chamava "Makumba", era uma junção das palavras do vocábulo Kimbundu 'MAKU' e 'NBA', uma significa "MÃOS" e a outra "UNIÃO". A grosso modo, a palavra "Makumba" significa: "MÃOS UNIDAS".
No Brasil, por essa palavra sempre estar coligada ao ato de cantar, dar as mãos, unir-se ao redor de uma árvore com oferendas aos pés dela, a palavra "Macumba" se tornou algo dirigido as oferendas, logo a sociedade preconceituosa se apoderou da palavra de maneira pejorativa, usando-a com objetivo de ofender os religiosos de matriz africana, os chamando de "macumbeiros".
Percebe-se que o preconceito de fato é ignorante, porque todo ato de dar as mãos, ou melhor, unir as mãos é uma "Macumba", seja numa igreja, numa praça pública ou num terreiro de matriz africana, entretanto, o preconceito usa de uma palavra positiva para ofender os religiosos afro-brasileiros.
Uma curiosidade, a palavra "Macumba" também foi relacionada a um instrumento feito da madeira de uma árvore africana, o que dá indícios que seja a árvore tradicional onde esse manifesto deu-se início.
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